CAMINHO DE PEDRA é exatamente o caminhar da Filosofia. Uma existência que vai se fazendo calçada, depois de árduo serviço, consumindo braços, pernas e pés.
Este blogue é dedicado à Filosofia, como um caminho que espera pelo seu calçamento. Pedras que vêm de muitas pedreiras: da Literatura, da Pintura, da Poesia, do Cinema, das canções populares.
Este blogue então destina-se a hospedar eventos filosóficos, a divulgá-los, promovê-los e registrá-los. Ele parte depois de uma experiência de quatro anos de ensino da Filosofia através do Cinema no Centro Universitário UnirG (Gurupi - Tocantins) e da Associação dos Professores Universitários de Gurupi (APUG-SSind).
Para celebrar este CAMINHO DE PEDRA, registramos aqui o poema traduzido em sua íntegra:
erat lapis media in via
erat lapis
media in via erat lapis
Non ero unquam immemor illius eventus
pervivi tam mihi in retinis defagatis.
Non ero unquam immemor quod media in via
erat lapis
erat lapis media in via
media in via erat lapis.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Carmina Drummondiana. Trad. Silva Bélkior. Rio de Janeiro/Brasília: Salamandra/UnB, 1982, p.30-31.
CAMINHO DE PEDRA também deve dizer uma outra situação: a do serviço árduo, doloroso. Não o de pedras assentadas apenas, produzindo o calçamento. Mas também aquele caminho pedregoso que nunca é conforto para quem caminha. Pedras ferem. Neste sentido, vale este meu poema:
Caminho
Folhas.
Poeira. Pedregulho.
Pés
descalços: vida.
Pedras.
Sol. Letargia.
Vida: pés
descalços.
Noite só.
Só. Escuridão.
Árvore
estreita.
Pés nus.
Procissão.
Sonho
adentro
Sonho
afora
Pedra
adentro
pedra
afora.
Pés nus.
Procissão.
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